O embaixador de Cabo Verde no Luxemburgo apelou hoje a comunidade cabo-verdiana e a lusófona a agirem “com responsabilidade cívica” e abraçarem com “responsabilidade novas atitudes, novas práticas, novos comportamentos e novos estilos de vida”.
Carlos Semedo deixou esta mensagem de sensibilização à comunidade cabo-verdiana e da lusofonia durante uma conferência de imprensa conjunta com a ministra da Saúde do Luxemburgo, Paulette Lenert, e o embaixador de Portugal, António Gamito, transmitida via rede social Facebook, para abordar a questão da pandemia do novo coronavírus.
Neste combate à covid-19, para este diplomata, todos os cidadãos e os residentes em geral naquele país devem estar “empenhados”, devem continuar a ser “vigilantes” e a respeitar todas as indicações das autoridades luxemburguesas, para que possam regressar à normalidade, brevemente.
E para que isto aconteça pediu às pessoas para mudarem a sua forma de ser e de estar, “seja na família, na sociedade, no trabalho e em toda a parte”.
“Queremos que a comunidade lusófona aqui no Luxemburgo seja reconhecida e conhecida pelas boas razões, temos a obrigação cívica e moral de fazer tudo para garantir as condições de retoma da normalidade das nossas vidas”, disse, sublinhando que a vida exige “luta e sacrifícios” em que todos são chamados até que se encontre uma cura definitiva para essa doença.
Depois de terem registado um abrandamento de casos, o Grão-Ducado registou nos últimos dias novos casos de covid-19 e as autoridades associam estas novas infecções a realização de festas e de convívio no período de desconfinamento.
Questionado sobre o número de casos entre os lusófonos, a ministra da Saúde do Luxemburgo, Paulette Lenert, disse que não dispunha de dados por nacionalidade, uma vez que nas estatísticas fazem apenas a diferenciação entre residentes e não residentes.
“O novo coronavírus não é um problema sobretudo das comunidades lusófonas, mas é um problema de todo o Grão-Ducado. O país é muito pequeno e não queremos estigmatizar ninguém, rotulando pessoas, empresas ou escolas”, explicou.