Os agricultores em Chã de Casa, em Ribeira dos Bodes, interior do concelho do Porto Novo, calculam em “milhares de contos” os prejuízos registados com a paralisação da actividade agrícola, nos últimos seis meses, nessa localidade.
Augusto Sancha, porta-voz dos agricultores, estima que os prejuízos ultrapassam “de longe” os cinco mil contos, alertando para o facto de os 25 agricultores estarem a viver dias difíceis.
A agricultura está paralisada em Chã de Casa desde Abril último, altura em que o furo dessa localidade, que já estava em situação de falência, por causa da seca, deixou de funcionar depois de o motor ter-se queimado.
“Estamos a falar de perdas de milhares de contos. Muitos agricultores estão a viver dias difíceis, já que têm dívidas por saldar com as instituições de micro-finanças”, adiantou este agricultor.
Desde esta altura, três furos estão inoperantes no concelho do Porto Novo, situação que afecta mais de uma centena de agricultores nos vales da Ribeira dos Bodes, Ribeira Fria e Ribeira da Cruz.
Em Ribeira Fria, os 55 lavradores, também, registaram já prejuízos de cerca de cinco mil contos, com a inoperância, há três meses, do furo dessa zona, segundo o representante Adilson Gomes.
O delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) no Porto Novo, Joel Barros, tinha assegurado aos agricultores que os equipamentos, já adquiridos, estariam instalados até finais de Setembro, repondo assim a produção de água para a agricultura nesses vales.
Porém, ainda não foram instalados e os agricultores começam a dar sinais de impaciência, segundo Augusto Sancha.
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R100Frontera/Inforpress