Os aeroportos cabo-verdianos abrem, na próxima segunda-feira, as suas pistas aos voos internacionais, após 8 meses sem tráfego, resultante do encerramento das fronteiras, decidido pelo Governo para conter a propagação da Covid19, na sequência do primeiro caso da doença registado no país, através de um turista britânico.

A resolução que autoriza essa retoma foi aprovada ontem em conselho de ministros e põe fim ao conjunto de medidas restritivas implementadas nos últimos meses, anunciou hoje o ministro do Turismo e dos Transportes, Carlos Santos.

Para que a reabertura aconteça, algumas soluções tiveram que ser adoptadas, entre elas a introdução de protocolos sanitários no circuito turístico, a criação de centros especializados de tratamento da Covid19 nas ilhas de Sal e Boa Vista e a instalação de vários laboratórios (no início da epidemia Cabo Verde não dispunha de nenhum) para reforçar a capacidade de realização de testes PCR no país.

“A prioridade é preparar o país para uma abertura que, em primeiro lugar, proteja a saúde dos cabo-verdianos, e, em segundo lugar, abra o destino com tranquilidade e segurança para aqueles que nos visitam”, explicou o governante, destacando “a realização de um teste PCR, ou um seu similar, com resultado negativo, que seja validado pelo Ministério da Saúde”, como critério “fundamental” para a entrada de qualquer visitante.

Haverá,entretanto, outros procedimentos a seguir obrigatoriamente, segundo Carlos Santos, nomeadamente o preenchimento, à chegada às fronteiras nacionais, de formulários específicos de saúde que permitam seguir as pessoas que entram e garantir que estarão em segurança, assim como a população residente.

A abertura das fronteiras não significa, no entanto, a automática retoma do turismo, uma vez que isso também depende de quem queira visitar Cabo Verde e das autoridades dos países emissores. Para isso, indicou o ministro, o Governo está a utilizar os canais diplomáticos para fazer chegar a esses países as informações sobre o que está a ser feito para garantir a segurança sanitária dos turistas.

“Todos os países têm critérios para deixarem os seus cidadãos visitar outros países. Por isso, não tenhamos dúvidas de que não vai haver, a partir de segunda-feira, uma entrada massiva de turistas, ao nível dos fluxos registados em 2019”, alertou Carlos Santos, considerando que a retoma do sector “vai depender, em última análise e em grande medida”, dos próprios cabo-verdianos”.

A abertura dos aeroportos e a retoma gradual do turismo, como se prevê, vai promover também uma forte mobilidade entre as diferentes ilhas, uma vez que há muitos trabalhadores oriundos de vários pontos do país, a servirem o turismo, principalmente no Sal e na Boa Vista. Aqui também, na perspectiva do Ministro do Turismo e dos Transportes, haverá cuidados a observar.

Fonte: RCV

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