A artista plástica cabo-verdiana Sandra Lopes, residente em Portugal, expõe pela primeira vez em Cabo Verde, em exposição intitulada “Tela Verde”, no dia 25, na Galeria Incondicional, do Palácio da Cultura Ildo Lobo.

De férias na sua terra natal à procura de novas inspirações, Sandra Lopes aproveitou para pintar quatro novos quadros que vai junta as 11 pinturas que fez em Portugal.

“Tela Verde”, segundo disse à Inforpress, corresponde ao “verde” de Cabo Verde e também é Inspirado no conceito do cinema em que, “através de uma tela verde” consegue-se projectar “qualquer imagem e visão que vem à sua imaginação”.

“Quero que essa exposição seja uma tela verde para mim, para que possa projectar a minha criatividade e imaginação e não me limitando a apenas um tema. Trouxe um pouco dos muitos meus trabalhos elaborados até à presente data e mais, ainda adicionei peças que fiz cá em casa”, adiantou.

A sua estadia em Cabo Verde, revelou à Inforpress, está a ser muito produtivo, trazendo-lhe novas inspirações.

“Senti um novo sentimento e luz nas minhas telas. Nada como a nossa terra para nos fertilizar ainda mais a criatividade”, finalizou.

A abertura desta exposição, que conta com a parceria do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, está prevista para as 17:00 desta quarta-feira, 25, na Galeria Incondicional do Palácio da Cultura Ildo Lobo.

Sandra Lopes, natural da ilha de Santiago, viveu “bastante tempo” nos Estados Unidos da América, onde estudou e ganhou “vários prémios de mérito” pelo “bom desempenho”, inclusive um certificado e carta assinada pelo presidente dos EUA, George Bush, congratulando o bom desempenho escolar.

De acordo com a biografia da artista plástica, ainda no Liceu, em Nova Iorque, onde se graduou, chegou a estudar Belas Artes e História da Ópera.

Fez uma peça de teatro em Broadway e chegou a fazer uma exposição em grupo com outros colegas sobre pinturas.

Viajou para Portugal com 20 anos, com uma bolsa de estudos por mérito, e estudou Comunicação Social por dois anos mas, devido à sua paixão pela arte, deixou de lado o jornalismo para focar-se na pintura.

O seu estilo preferido é o abstracto com um toque de realismo e define a arte como uma forma de expressão e projecção do subconsciente.

A mesma funde o seu gosto pela literatura com a sua “grande paixão”, a arte, através de um blogue no Facebook “Entre Margaridas”, onde publica suas crónicas e poemas, e uma página de pintura intitulada “AYITA”, significando a primeira a dançar.

Para além da exposição “As mulheres de Mia Couto”, Sandra Lopes participou ainda, em Dezembro de 2018, numa exposição intitulada “360” em conjunto com o fotógrafo Tiago Serrano, na Cave Eventos, em Portugal.

Teve ainda “o privilégio de participar”, em 2019, numa colectiva a convite de José Hopffer Almada alusiva aos “40 anos do imortal Amílcar Cabral “.

Ainda em 2019, um dos seus quadros intitulado “Baralho Erótico”, foi escolhido para fazer parte de uma exposição internacional de Unoma Giese, “Balance Me”, no âmbito do Festival “Mulheres, Vinho e Palavras”, em Harare, Zimbabué, que envolveu artistas femininas de 56 países africanos.


R100FRONTERA/INFORPRESS

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