Dois artistas de São Vicente, Eugénio Costa, conhecido por Natch, e Paulo Brito, conhecido por DJ Paulão, morreram na tarde deste sábado no Hospital Baptista de Sousa deixando a zona de Fonte Filipe em clima de consternação e luto.
De acordo com informações recolhidas por Inforpress junto dos familiares, em Fonte Filipe, Natch estava no parque da Enapor quando se sentiu mal e foi transportado para o Hospital Baptista de Sousa onde viria a falecer.
Já o DJ Paulão, relataram os familiares, manifestou problemas de saúde nos últimos dias, tendo procurado os serviços de urgência do HBS onde recebeu tratamentos médicos e posteriormente regressou à casa.
O artista, chegou até a publicar uma mensagem no Facebook, na qual agradeceu a preocupação dos amigos, fãs e familiares devido aos problemas de saúde que tem enfrentado nos últimos tempos, com a expectativa de que iria se recuperar brevemente.
No entanto, DJ Paulão voltou a sentir uma indisposição e regressou ao hospital, mas não resistiu.
A morte destes dois homens da cultura de São Vicente deixou em choque Fonte Filipe, zona onde residiam os respectivos familiares cujas casas distam a poucos metros.
Paulão era um dos DJ mais acarinhados da ilha de São Vicente e bastante solicitado para animar eventos dentro e fora da ilha.
Natch, por sua vez, que nasceu em São Tomé e Príncipe e veio para São Vicente com seis meses de idade, era reconhecido pela sua voz que se assemelhava ao falecido cantor Bana.
Em 2022, o artista gravou o seu primeiro CD, intitulado “Benção”, com nove músicas, gravado na cidade da Praia, produzido por Rachel Sylva com direcção artística do instrumentista Manel d'Candinho.
Após lançar o CD, Natch participou na edição do Atlantic Music Expo (AME) e também fez uma digressão pelo exterior para promoção do disco em Portugal, França, Suíça, Luxemburgo e Senegal.
O cantor também esteve um tempo na cidade da Praia onde passou por algumas dificuldades financeiras e depois voltou a São Vicente com ajuda de amigos.
O artista enfrentava problemas de alcoolismo, teve várias recaídas e praticamente vivia nas ruas.
Fonte: Inforpress
Adriano David - R100F